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Da Garagem ao estúdio - aula 3

Olá, eu sou o Raffa e esta é a série Dicas para sua banda: da garagem ao estúdio, dentro do site da Primeiros Acordes. Hoje vamos terminar de ver a primeira parte da série, o que fazer antes de ir para o estúdio.

estudio

No vídeo passado, conversei com vocês sobre o que é pré-produção e porque é importante não ter pressa nesta etapa.

Falamos sobre a criação de uma música desde seu início, sugeri que vocês fizessem uma gravação bem simples dela para servir de teste, depois falei que era hora de ouvir referências e definir a forma da música, quantos versos, refrões, introdução...

Falamos também para ver em quais momentos vai ter alguma virada, alguma convenção onde todos os instrumentos fazem a mesma coisa, e por fim, falei pra fazer mais uma daquelas gravações simples tomando cuidado pra definir o BPM, que é o andamento da música e o tom dela, de acordo com o que ficar melhor para o vocalista.

 

 Continuando então, a primeira coisa nova a vermos hoje é o termo “menos é mais”. Um solo que fica durante a música toda, não tem o mesmo resultado do que um solo, mais curto, mas na hora certa que combina com a música e chamará muito mais atenção do ouvinte. Arranjos excessivos de teclados, instrumentos de sopro que durem a música inteira podem soar enjoativos e acabam não agregando na música. Aproveite então este momento para testar se você vai querer algum outro instrumento na sua música.

Não tem problema usar instrumentos a mais na gravação, é bacana.

Após definir todos os instrumentos, e já saber onde haverá alguma virada e alguma transição na música, você deve definir quais serão as viradas utilizadas, e o que cada instrumento vai fazer nesses momentos. Preste atenção se a letra está fácil de ser entendida, se for necessário, mude algum trecho para garantir que a mensagem vai ser transmitida.

Outro fator fundamental numa música é a intensidade de cada parte dela. Para uma música ser pesada, ela não precisa ser assim o tempo todo. Por exemplo: a música Lithium do Nirvana tem um refrão bem intenso, e logo em seguida a música volta para o verso que tem uma intensidade bem baixa. Se o verso não fosse do jeito que é, o refrão não causaria o impacto que ele causa. Essas oposições entre algo mais “calmo” e algo muito intenso são bem comuns. System of a Down costuma fazer bastante isso.

Nessa música do Nirvana, vale a pena olhar o arranjo, aquela questão do “menos é mais” também fica bem evidente, o fato de ter trechos com baixo e bateria em evidência e a guitarra fazendo um detalhe ou outro que contribuem ainda mais pra essa dinâmica de intensidade da música.

Bom, após tudo isso, é importante você praticar o “desapego” e não olhar pra sua música só pela parte emocional. Às vezes você acaba tirando ou modificando uma parte que você gosta e já está acostumado, mas se for pra melhorar a música, vá em frente. Lembre-se que a música que você está criando não é só para você ouvir.

Valeu, galera. Próximo vídeo a gente começa a ver o que é preciso na hora de procurar um estúdio. Abraços, até a próxima